segunda-feira, 8 de junho de 2020

Tunísia: curiosidades e informações

Place de la Kasbah, Tunes @ Tunísia (2017), by Sérgio Piçarra Photography

Como escrevi aqui fomos à Tunísia em 2017, numa viagem comprada à CharmingTravel (agência de viagens) e organizada pela Travelplan (operador turístico). Como tinha passado pouco tempo após os atentados (2015) resolvemos fazer os nossos passeios pelo operador e tivemos muita sorte com o nosso guia turístico.

Desde que chegamos até ao último dia ele esteve sempre disponível para nos ajudar no que fosse necessário, contou-nos muito da história tunisina e partilhou connosco algumas curiosidades que vos deixo aqui:

  • Na Tunísia existem 11 milhões de habitantes e a maioria vive em Tunes, Sousse e Sfax;
  • 98% dos tunisinos são árabes muçulmanos, 1% são berberes muçulmanos e 1% cristãos e judeus árabes;
  • Djerba é um local santo para os judeus, está em 2º lugar depois de Jerusalém;
  • Segundo a religião Islâmica, todas as pessoas devem ir a Meca pelo menos uma vez na vida. Desta forma, o estado tunisino financia ou ajuda (não sabemos bem de que forma) as pessoas que não tenham capacidade de irem a Meca pelos seus próprios meios;
  • O estudo é obrigatório e gratuito desde 1957, dos 6 aos 16 anos;
  • 93% dos tunisinos sabe ler e escrever;
  • Depois da revolução em 2010 (a primavera Árabe – dezembro de 2010) grande parte das pessoas achou que ter liberdade significava não cumprir quaisquer regras. Isso fez com que, entre outras coisas, se veja imenso lixo espalhado pelas ruas (até ao momento ainda não se conseguiu controlar esta parte principalmente fora das grandes cidades);
  • O Ghassen (o nosso guia turístico) tinha uma boa vida antes da revolução em 2010. Tinha um negócio de turismo com loja aberta em Hammamet (onde também morava num apartamento com vista para a Marina) e fazia excursões e passeios para os turistas europeus. Tinha autocarros e jipes próprios. Com a revolução teve de vender tudo e entregar algumas coisas ao banco, porque deixou de haver turismo. Teve três anos desempregado antes de voltar a entrar novamente na área do turismo, desta vez através de operadores. Apesar de tudo, sente-se muito orgulhoso com a revolução e acredita que o futuro dos seus filhos vai ser melhor do que é o presente dele;
  • Antes da revolução, e dos atentados, a Tunísia era o país mais turístico de toda a África e de todo o mundo árabe, com cerca de 9 milhões de turistas por ano. Hoje em dia o turismo incide mais na altura do verão, fazendo com que, quem trabalha nesta área tenha trabalho praticamente só no verão;
  • As festas nacionais realizam-se a 14 de janeiro (penso que tem a ver com a Primavera Árabe e a fuga do Presidente da altura para a Arábia Saudita) e 20 de março (Dia da Independência);
  • O valor pago nas autoestradas na Tunísia é de €1 por cada 120Km;
  • €5000 dão para a classe média alta viver durante todo o ano;
  • Um apartamento em Tunes pode custar cerca de €20000;
  • Os tunisinos alugam as suas casas durante as férias, ficando em casa dos vizinhos ou familiares. Quase todos vivem do turismo, mesmo que de forma indireta;
  • Alguns vinhos tunisinos (tintos, brancos, rosés e moscatel) já ganharam prémios mundiais;
  • No inverno a temperatura no deserto é de 10’ durante o dia e -5’ durante a noite;
  • Em pleno verão a temperatura é de 45’ à sombra;
  • O Licor de Palmeira é mais forte que o whisky. É feito em três dias, não dá ressaca, mas dizem que dá diarreia;
  • Ramadão: tem uma duração de 29 ou 30 dias e tem a ver com o calendário lunar, o que faz com que a sua data altere todos os anos. É no nono mês do calendário islâmico. Durante o dia, entre o nascer e o por-do-sol, não é possível comer, beber, fumar, ou qualquer outra coisa. Normalmente, nesta fase uma parte dos tunisinos não trabalha porque vive durante a noite. Por norma, o tunisino gasta três vezes mais no mês do Ramadão, do que em todo o resto do ano;
  • Regateio: tudo tem de ser regateado, exceto em lojas onde o preço esteja afixado e, normalmente, o preço justo é cerca de 10 vezes menos do que aquele que nos é solicitado ao início. O nosso guia aconselhou-nos a questionarmos sempre o preço antes de comprarmos, fosse o que fosse.



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