segunda-feira, 18 de maio de 2020

Mudar o mundo: uma pessoa de cada vez #1

Imagem retirada da internet


O mundo está a mudar e nós podemos mudar com ele. Quem nunca pensou que o mundo poderia ser um local melhor se todos fossem mais amigos, mais solidários, mais corretos? Se todos pensassem mais no próximo? Eu sinto isso e muitas vezes revolta-me o que vejo a acontecer há minha volta. Acredito que, se todos se lembrassem que a nossa liberdade termina quando começa a do próximo, as coisas poderiam ser bem diferentes.

Os portugueses são, na sua maioria, pessoas solidárias. Particularmente em situações prementes. Viu-se nos incêndios de 2017, com a criação de contas e distribuição de bens essenciais. Viu-se agora nesta maldita pandemia, com a criação de caixas solidárias onde se podem deixar alimentos para quem mais precisa. Mas depois temos aqueles que criam essas caixas e julgam quem pede/tira por não ter um aspeto de pessoa que precisa. Aconteceu a semana passada no grupo da Caixa Solidária, que existe no facebook. Um rapaz, com uma mochila às costas, foi “apanhado” a tirar alimentos de várias caixas solidárias dispersas pelo local onde mora. Foi escrutinado na rede social. Isso levou-o a deixar uma carta numa das caixas, a explicar os motivos (desemprego e filhos pequenos) pelos quais tirou alimentos. E agradeceu quem deixou alimentos nas caixas, para que ele pudesse alimentar a sua família de quatro. Depois disto algumas pessoas ainda se mostraram mais empáticas com ele e com o verdadeiro motivo destas caixas, pedindo-lhe que as contactasse. Há já quem organize grupos para poder ajudar mais “rapazes de mochila às costas”. Assim se vê a solidariedade das pessoas que muito ou pouco possam ter. E assim também levamos chapadas sem mão.

Onde moro também existem caixas solidárias. Eu também já lá fui deixar comer. E também vi logo de seguida alguém a tirar o que lá deixei. E irei novamente. Não me cabe a mim julgar quem tira se posso ajudar quem precisa. Não podemos julgar o livro pela capa e não nos devemos esquecer que podemos estar a fazer a diferença na vida de alguém.

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